Essa é uma boa referência para uma discussão da coreografia como projeto disciplinar da modernidade. As "Spartakiádas" tchecas eram eventos de demonstração de exercícios físicos em massa altamente militarizados, realizados de cinco em cinco anos durante o regime comunista na extinta Tchecoslováquia. Segundo nossa caríssima Wikipédia, a primeira Spartakiáda aconteceu em 1955, como comemoração dos 10 anos da libertação da Tchecoslováquia pelo Exército Vermelho.
Vale uma boa olhada para comparar com outros aparatos de captura de movimento e suas relações históricas com sistemas políticos e econômicos.
As CONVERSAS DE DANÇA têm o prazer de apresentar seu primeiro apoiador. A Tribuna de Petrópolis, um dos mais tradicionais jornais da cidade que desde 1902 atualiza os leitores petropolitanos sobre o que acontece na cidade, no país e no mundo, firmou uma parceria com o evento para potencializar nosso plano de reportagens e divulgações.
Além de notas, matérias e entrevistas, teremos também a possibilidade de alcançar público através da rádio Tribuna FM e das artes de sublimação em camiseta, impressas pela Gráfica Sumaúma, ambas diretamente associadas ao jornal.
Parabéns e obrigado à Tribuna de Petrópolis por esta importante iniciativa para a cultura e as artes na nossa cidade!
Clique na imagem para migrar para a página de Facebook da Tribuna de Petrópolis
Aqui segue uma tradução livre. Cada título é também um link para o respectivo vídeo:
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Top 10 do Youtube, Jan 2011
(Keith Hennessy)
Menestréis do Pop, dominação
corporativa e fantoches adolescentes:
Um rápido olhar para o top 10 dos
sucessos de todos os tempos do Youtube (a partir de 1º de janeiro de 2011)
Eu acabei de assistir ao top dez
de todos os tempos do Youtube, DE MODO QUE VOCÊ NÃO PRECISA FAZÊ-LO (grifo sugestivo do tradutor). Ainda existe
conteúdo DIY (do it yourself – faça
você mesmo) no Youtube, mas o top dez é mais uma história de dominação pelo
maquinário da cultura Pop, construindo e explorando quase que cada clique de acesso
dos adolescentes ao computador global.
Aqui está o link, caso você
queira assistir enquanto lê¹:
Mais de 400 milhões de acessos
para as reproduções banais de xarope de milho heteronormativo (da GMO é claro)
desse fantoche pop. Quem ensina as crianças a repetirem tal porcaria ridícula
do tipo “achei que você seria minha pra sempre”? E não é constrangedor cada vez
que um pop star branco fica tão famoso que eles podem pedir pra praticamente
qualquer (claro que não o Prince ou a Mary ...) artista negro aparecer em seus
vídeos? E o que dizer da punhetação² entre baby J. e seu interesse amoroso, a
levemente mestiça e ainda assim exótica (é claro!) estrela “teen” em ascensão,
Jasmine V.? A guerra dos sexos na dança é, ao mesmo tempo, banal e arquetípica,
e embora seja um momento não representativo, eu gostei bastante da b. girl que
chama para a briga. Mas a punhetação é totalmente desnecessária, irritante de
fato, nas suas implicações de que uma pequena briga é tudo de bom nesse novo
mundo-arco-íris onde todas as cores jogam boliche e dançam hip hop juntas. E
onde a diferença sexual é tanto apagada (garotos e garotas são iguais e não são
diferentes, realmente) quanto reforçada estruturalmente (garotas ainda são não
iguais e bem bem diferentes dos garotos). Uma dinâmica similar de
hegemonia/apagamento (onde não podemos reconhecer a desigualdade de poder,
porque todo mundo parece ser tão legal e amigável) explica a simultaneidade de
unidade racial e supremacia branca codificada em quase cada momento do vídeo.
Porque alguém se anima com a péssima dança do Bieber é algo assombroso. Ah sim,
isso faz sua fofura parecer ainda mais fofa, porque ele é tipo frágil e
sensível e branco e o caralho a quatro. O “status” de melhor amigo do Bieber
vai claro para um jovem negro, o que é reforçado pelo carnaval da dominação big
brother do Ludacris (quem bota quem pra rebolar por cima?³). A imagem final de toques
de mão legais com Ludacris e a saída-de-cena-de-mãozinhas-dadas com a,
repentinamente, clemente e entregue Jasmine V. completa a pobre fantasia do
garoto branco e hétero.
Pergunta: As apropriações do
Bieber de “cantoria” e “tipão” de preto são piores do que os Beatles no início?
Se não, há alguma chance dele tomar ácido, passar um tempo na Índia e surgir
com algo do tipo Revolution 9 ou John’s working class hero?
(Como Justin, eu sou canadense e
nós não deveríamos criticar nosso próprio povo na frente dos americanos. É uma
coisa de canadense, vocês não...)
Notas:
1 - Provavelmente o link está
atualizado e não mostra mais o mesmo conteúdo, mas, apesar de o foco dessa
conversa ser o vídeo “Evolution of Dance”, você pode procurar os outros vídeos
separadamente no Youtube.
2 – Traduzi “pushing” como
punhetação porque tem essa ideia infantil do empurra-empurra de meninos e
meninas que se vêem como clãs rivais.
3 - Referência à letra da música
Block lockdown, do Ludacris: I got permission to put ya mamma in a headlock
(what?) / Eu tenho permissão pra botar sua mãe pra rebolar por cima (o que?) –
daí traduzir “who’s got whom in a headlock?” como “quem bota quem pra rebolar
por cima?”
Mais de 300 milhões de visualizações.
Esse vídeo é bem mais difícil de odiar do que a maquinaria disfarçada pela máscara
do Justin Bieber, apesar de não ser menos estereotipado. Gaga curte brincar com
sua construção social e até geralmente curte lutar contra isso; de qualquer
forma, ela deixa a gente saber que ela ta nessa. Lady G. faz, em cerca de 2
minutos, tudo que a Madonna levou 10 anos pra fazer, descaradamente catando e
referenciando em uma velocidade vertiginosa. Durante os 5 minutos de espetáculo
eu me lembrei da Julia Kristeva (mulher como monstro), Leigh Bowery (os sapatos
e algumas das peças mascaradas), Madonna, cultura de baile (bath haus of gaga),
Marilyn Manson, Michael Jackson (os zumbis de Thriller emergindo das
tumbas/câmaras de bronzeamento artificial), UK latex/rubber SM fashion, Damian
Hirst (excesso de diamantes), RuPaul (walk walk baby – repete).
Pontos a menos por toda a dança
frontal sincronizada que realmente coloca a dança em uma estética pop
reacionária, anacrônica quando situada no contexto das artes visuais e de moda
mais contemporâneas do clipe. E mais pontos a menos pelo Nemiroff e outros produtos
fixados, apesar do puro cinismo dessa merda promocional ser um tipo de húbris
radical que poderia agradar algumas perspectivas.
Mais de 270 milhões de acessos
para a canção oficial da Copa do Mundo de 2010 – o evento de esportes mais
popular do mundo. Outra pessoa constrangedora do tipo branca dançando num
contexto meio africanista. Stuart Derdeyn, do jornal The Province, referiu-se a
Waka Waka como “vômito sônico” (o que poderia também descrever a golfada do
implacável hiper-consumismo capitalista da música de Justin Bieber).
Nascida na Colômbia, descendente
de Europeus e Libaneses, Shakira performa o cidadão universal (branqueado) num
mundo pacífico e harmonioso que de alguma forma respeita e reflete uma África
que os espetáculos da economia mundial dispensaram há muito, como se fosse uma
privada pra sua merda tóxica.
“As pessoas estão aumentando suas
expectativas. Hoje é o seu dia, eu posso sentir. Você construiu o caminho,
acredite. Se você cair, levante-se.”
Waka Waka, baseada em uma música
camaronesa, inclui elementos da música colombiana e afro-caribenha, suportado
por uma banda sul-africana, em uma grande e feliz “papinha para bebê” de música
liberal humanista. O título significa “faça” e tem todo o significado vazio do
slogan da Nike. Esse vídeo/música/propaganda é banal, barato e repetitivo,
demonstrando menos da metade do esforço dos projetos do Paul Simon na África do
Sul. É conveniente que a última linha seja transmitida com o volume diminuindo
para nada: Somos todos África, somos todos África...
Assistir a esse vídeo me dá
esperanças de que algum tipo de valores e inspiração revolucionários são
possíveis com o Youtube e o mercado de massa de livre (alienado, explorado)
conteúdo fornecido pelo consumidor. De verdade. Ver o deleite oprimido de
morder a mão que alimenta. Ver o domador de leões revelar que ele não controla
de fato as mandíbulas do leão, onde ele colocou sua cabeça estúpida. Charlie
mordeu seu dedo e ele fará novamente. Abafados pelos padrões da classe
dominante, os gemidos e risinhos do Charlie expõem o monstro por trás de sua
fachada infantilizada. Uma parábola de um minuto sobre o Império Britânico, ainda
tentando manter o decoro enquanto os selvagens sentam nos seus colos.
Essa é a versão crescida da punhetação
adolescente do Bieber. A punhetação aprimorada como violência frustrada
completa-se com a mulher cuspindo na cara do homem, é claro seguido daquela
flertada vigorosa e ofertas de paz com animaizinhos de pelúcia.
Agora eu sei que dissemos coisas
/ Fizemos coisas / Que não quisemos dizer e fazer
A nós regredimos / Para os mesmos
padrões / Mesma rotina
Mas seu temperamento é tão ruim /
Quanto o meu / Você é como eu
Eminem escreveu essa história
antes. Eu te amo. Eu te odeio. Se você tentar ir embora eu vou amarrar você na
cama e colocar fogo na casa. Eu sei que tenho tendências violentas e que vou
sempre terminar mentindo. Mas parece que ele está em piloto automático aqui, em
falta com aquela fragilidade perigosa que ele representou antes de ser tão
avolumado de corpo e de conta bancária.
Vale à pena exaltar que as
personagens nesse vídeo não são ricas. Elas não vivem em um mundo idealizado de
crianças-unidas-arco-íris. Não há referências à passarela de moda da classe
dominante. A não tem dancinha estúpida. Momento performativo preferido é o
Eminem como pano de fundo pra Rihanna enquanto ela canta o refrão, e ela dança
sozinha atrás do Eminem enquanto ele rima.
Eu tenho uma queda por esse tipo
irado sensível fodido de classe baixa. Eu tenho. Eu acho que poderia rolar
entre a gente. Eu iria acalmar os ânimos dele e ainda dar espaço pra ele pirar.
E ele sabe disso. É por isso que ele flerta com e defende a
viadagem/Elton/Bruno, só pra mostrar pra gente que ele pode, que ele é homem o
suficiente. Tem algo dramático, talentoso e desprezível sobre Eminem e Rihanna
e eu acho que é sexy que seus RPs
(relações públicas) mantêm eles, um do lado do outro, sem qualquer esforço de
mascarar um relacionamento. Essa é a conexão mais honesta que eu vi até agora
nesses primeiros 5 vídeos super-visualizados.
Dois garotinhos brancos jogando vídeo
game são interrompidos quando JB recebe uma ligação do Usher. O que? Então uma
cantoria de merda surge com imagens de uma festa cheia de pré-adolescentes e um
pouco de espuma de carnaval. Eu pulo pra frente, uma garota de shortinho beija
o JB na bochecha. Usher aparece, examina a cena como se fosse uma dama de
companhia. O riquinho olha pra gente, ergue os braços acima da cintura pra
dizer opa, essa merda é de verdade, Usher e eu estamos no topo do mundo. Essa
música e vídeo podem ser xarope melado mas não ofendem como Baby.
Botas de cowboy, carros
americanos, uma aliança arco-íris de mulheres gostosas, uma referência à uma
música do Jay-Z. Uhum é uma festa na América. Isso é música country pop, sob
influência de Britney e fórmula Pop. A penca de estrelas e listras se espalham
para lembrar os conterrâneos de que tá tudo OK, apesar da socialização
multiracial e b.boys acrobáticos contagiantes. Miley Ray Cyrus nasceu Destiny
Hope Cyrus¹ em 1992. De alguma forma isso diz muito.
Notas:
1 – “Destiny Hope” (nome e
sobrenome de Miley Cyrus), literalmente, significam destino/sorte e esperança.
Segundo o Wikipedia, “Ela foi registrada como Destiny Hope porque seus pais
acreditavam que ela iria trazer coisas boas”.
170 milhões de visualizações para
a nova cara recauchutada do Eminem. Que porra é essa? A mesma escultura de
queixo que Michael Jackson tentou vestiu. Eu sinto falta do carão redondo dele.
Ele se olha em vários espelhos e toca seu rosto, e pensa sobre o que está
acontecendo. Tá bom. Então ele se lança contra o espelho, mas não rola uma
libertação/transformação de Tommy, apesar da sequência de vôo em CG (computação
gráfica) que segue. Eminem está sozinho aqui, não há mulher para culpar ou para
se envergonhar, não há pobreza ou falta de poder para falar mal.
Parecendo mais com Bieber ou
Cyrus do que Eminem, o refrão vomita lindamente: “Eu não tenho medo de me
posicionar. Segura minha mão. Você não está sozinho”. Essa cagada pop insulta o
poema que uma vez foi uma ira que valia a pena reconhecer.
E enquanto vou sendo nostálgico,
eu perco de vista o tempo em que os vídeos mais visualizados do Youtube eram
quase todos vídeos de dançarinos em um único take. Laipply é uma estrela original do Youtube e eu fico feliz em
vê-lo ainda no top 10 com 160 milhões de visualizações. Eu apostaria que mais
pessoas viram “The Evolution of Dance” do que os outros vídeos, assistidos
repetidamente por pré-adolescentes conformistas que sabem que cada vez que eles
clicam em repetir, eles estão bombando os números.
A dança do Laipply é um deleite.
Nós somos supreendidos por um cara branco e careca, robusto o suficiente para
fazer a gente pensar que ele não tem rebolado, muito menos um puta senso de
humor e um estilo sem vergonha. Ele é um cara qualquer abordando a cultura pop
com uma ironia que falta e muito no resto dos vídeos dessa lista. É importante
que ele se recuse a dançar a Macarena, mas que deixe a música tocar o
suficiente pra nos lembrar que não estamos imunes ao seu contágio. Em sua
personificação brincalhona, a imitação é menos representação e apropriação, e
mais uma leve citação crítica. Eu quero dizer que não é uma dança e comédia
incrível, só que não é uma merda e, de alguma forma é muito bom, falando
contextualmente.
Os maiores peitos no top 10. E
provavelmente o vídeo menos visto por suburbanas brancas nos EUA. Calle Ocho é
uma balada bilíngüe e repetitiva (refrão: eu sei que você me quer, você sabe
que eu te quero) com estilos de gangsta rap (peitos, camas ostensivas, peitos,
papaizão). Misturando algumas fórmulas e samplers
de sucesso de várias fontes, o corpo dessa música é pipocante e divertido. Eu
dançaria essa música numa festa e aposto que a maioria de vocês também. Exceto
pelos peitos e pelo papaizão, esse vídeo não tem muita coisa. Às vezes o
gráfico de uma bandeira cubana cruza a tela.
Calle Ocho é uma rua famosíssima
em Little Havana, bairro de Miami. Pitbull é um rapper americano com pais
cubanos que supostamente revelaram o pequeno bull (Armando – seu verdadeiro nome) à poesia revolucionária de
José Martí. Os créditos de não-classe-média
do Pit incluem tempo em abrigo de menores e tráfico de drogas na adolescência.
Ele diz que um pitbull é muito bronco para perder, e é proibido no condado de
Dade-Miami, assim como ele.
Eu não conhecia esse artista
antes disso aqui. Eu já tinha ouvido falar de Bieber, Cyrus e Shakira, mas
nunca os tinha ouvido/visto. Um pouco de Wikipédia vai longe. Eu levei 3 horas
para assistir a esses vídeos e escrever estas 2000 palavras.
Essa semana, dando uma passeada pela Nova Jerusalém 2.0, cruzei com um artigo da professora e crítica de dança Helena Katz, que acho que faz uma conversa super legal com o que a gente tá humildemente tentando colocar em prática com as "Conversas de Dança". Vale a pena ler e refletir bastaaaaante sobre nossas propostas pra fazer dança e arte.
Olá a todos! Então é o seguinte,
o nosso evento foi intitulado de “Conversas de Dança” exatamente porque apesar
dele estar inserido numa estrutura de festival, a gente tá interessado também em
um tipo de experiência que extrapole as lógicas e os modos de fazer dos festivais
e como estes geralmente vêm sendo pensados e desenvolvidos.
Isso não é um festival.
Se bem que, como esse ano o
Festival Dançar por Dançar não poderá ser realizado e nós vamos concentrar as
forças todas nas “conversas”, podemos até dizer que sim, será um festival, mas no
sentido de uma experiência de celebrar momentos de espontaneidade, de alegria,
de comunidade e, acima de tudo, de produção partilhada de conhecimentos e
saberes.
Isso é um festival.
E pra começar a nossa pequena
grande festa de conversas que vai ter seu ápice em 14 e 15 de Dezembro, vamos
usar esse espaço aqui (Blog e Facebook) pra propor outras conversas: um vídeo
do Youtube que conversa com um texto filosófico que conversa com a capa um de disco
de música Pop que conversa com uma peça de roupa que conversa com um modo de
criação que conversa com aquela dança que conversa com você e comigo e com quem
mais quiser chegar.
Conversa de hoje: o projeto “Re:
Rosas!”, das companhias Rosas e fABULEUS. Olha que projeto legal que vem sendo realizado
a partir da coreografia de “Rosas danst Rosas”, peça criada em 1982 pela coreógrafa e bailarina Anne
Teresa De Keersmaeker.
Boa conversa e não se esqueça de compartilhar sua experiência com a gente!
E aí pessoal! É com grande prazer e entusiasmo que apresentamos as “Conversas
de Dança”, o novo evento-recorte do já tradicional Festival Dançar por Dançar,
que foi criado em Petrópolis em 1987, interrompido em 1992 e retomado e
reeditado em 2010, com uma nova equipe, já tendo sido realizado em mais 3
edições, sem quaisquer subsídios públicos ou privados.
Para o ano de 2013, fomos contemplados com um pequeno financiamento da
Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis que, apesar de ser insuficiente
para a realização do festival em seu formato integral, nos permitiu projetar
essa importante iniciativa para o desenvolvimento da dança na cidade de
Petrópolis.
Portanto, sejam bem vindos e aproveitem as diferentes ferramentas que
disponibilizamos para que você esteja sempre em contato e atualizado. Siga o
nosso blog, assine a newsletter e o Feed de postagens e comentários, e curta
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